HISTÓRIA OFICIAL DO
DISTRITO DE MARTINSLÂNDIA
Autor: Prof. Fabiano Martins
Publicação: Neto Matos
Introdução
Martinslândia é um distrito de Guaraciaba do Norte, que se localiza a
uma distância de 22 km da sede do município, que se ergue a uma altitude de 862
m acima do nível do mar. É um distrito cujo território vive, aproximadamente,
umas 3000 pessoas. A via de acesso principal se dá pela CE – 192, seguindo por
uma estrada de carroçal. É banhado pelo
riacho, popularmente conhecido como Ipuçaba.
Os habitantes do distrito de Martinslândia desfrutam de um
clima agradável, embora haja uma oscilação de temperaturas significante no
verão. As estações são bem definidas: inverno e verão. É uma área cercada de
morros, pouco verde no verão e razoavelmente no inverno.
Vista Aérea |
O solo não é favorável a plantações contínuas,
devido aos lajeiros que impossibilitam o
desenvolvimento de culturas que necessitam de maior quantidade de água. A
grande maioria das terras férteis estão preenchidas com a horticultura,
principalmente tomate, pimentão, beterraba, cenoura, maracujá e batata-doce. E
durante o inverno predomina a agricultura de subsistência, onde as culturas
principais são de feijão, milho e mandioca.
Eram pouquíssimas
casas no local. O destaque era a casa grande do dono da terra, geralmente com
alpendre na frente. As pessoas de fora que iam chegando em busca de trabalho e
sustento, onde alguns destes estavam fugindo da fome, saindo da região da Mancabira, atualmente
pertencente a Croatá, e do sertão
cearense, construíam a mando dos donos da terras casinhas de taipa , onde as
camas era feitas usando forquilhas e esteiras. Mas algumas pessoas chegavam
nesse povoado de pessoas acolhedoras, se apossando das terras que estavam sem
uso, por lá permanecendo e criando seus filhos. Os donos das terras também as
vendiam, como acontece até hoje.
A Escola de Ensino Infantil e Fundamental João
Batista Ribeiro recebe esse nome em homenagem ao doador do terreno de 40 m², João Batista
Ribeiro, que também é considerado patrono da comunidade, à prefeitura para
construção da escola. Seus fundadores foram José Maria Melo, prefeito municipal
da época, José Elisiário de Melo Nobre, pré-
candidato do prefeito, João Batista Ribeiro, fundador da comunidade e as
professoras Antonia Martins Ribeiro, Maria Saraiva Martins e Maria Gizelda Martins.
Origem
Primeiras famílias |
O território onde hoje se localiza o distrito
de Martinslândia, anteriormente, ou
seja, no princípio de sua trajetória histórica era somente mata nativa, sem
vestígios de habitações fixas de grupos indígenas, mas supostamente alguns
representantes dos índios Tabajaras passaram por essa região, posteriormente
podendo até ter tido o cruzamento desses indígenas com pessoas brancas, negras
ou pardas, porque é evidente a descendência indígena nesse distrito.
A presença negra também se faz sentir na
constituição da população, sendo visível a afrodescendência. A origem é obscura, mas segundo entrevistas e relatos,
a probabilidade de serem provenientes do Maranhão, Piauí e sertão cearense é
muito grande. Inclusive, o pai do fundador da localidade, João Martins Ribeiro,
segunda sua filha Juraci Martins Melo, foi proprietário de uma escrava
doméstica, a Negra Chica, que ajudou cuidar
de seus filhos e se mostrava bastante exibida e cheia de vontade, até o dia em
que levou uma surra muito grande.
Inicialmente o povoado era denominado
Espinhos, devido à enorme quantidade de plantas espinhosas que existia no
local, quando foi no final da década de 1980, no governo de José Elisiário de Melo Nobre passou
a se chamar Martinslândia (lugar dos Martins),
em homenagem a família Martins que é bastante numerosa.
O outro motivo foi porque seus precursores são
provenientes da família Martins, inclusive o patrono do distrito João Batista
Ribeiro, que embora não tenha o sobrenome, mas é da família e um dos homens que
mais trouxe reconhecimento para o nome Martins. Foi cogitado também o nome de
Vila Nova. O nome “Martins” é originário do latim e, significa guerreiro.
Martinslândia a partir da lei
municipal n° 531 de 3 de junho de 1992, durante o governo municipal de Dr.
Egberto Martins Farias passa a ser sede do distrito, que abrange também Rancho
do Povo, Estivado, Pequimagro, Espinhos I e
Espinhos II.
Em seus
primórdios essa região, onde se encontra o distrito pertencia somente a quatro
donos, Januário Dino do Paudólio, que atualmente é
conhecido como Córrego, Antonio Carreiro dos Espinhos I, João Bezerra e Antonio
Bel no Rancho do Povo e João Batista Ribeiro em Martinslândia, que na época era Espinhos. As principais atividades
econômicas era a agricultura e a pecuária, sendo João Martins Ribeiro, um dos
maiores pecuaristas da região.
Enterro Maria da Silva Melo |
O período que mais chegou pessoas na
localidade foi durante a seca de 1932, uma seca que assolou o Ceará inteiro,
dizimando muitas famílias em todo o estado. Mas em Espinhos, atual Martinslândia, também morreu muita
gente de fome, principalmente crianças. Os alimentos principais de algumas
famílias era a garapa da cana e o mingau de farinha.
Os primeiros
moradores de Martinslândia foram Antonio Cosmo,
Leocádio, José Mendes
Martins, Antonio Tarcísio Gonçalves, José Raimundo da Silva (Zé Pedra) e Manoel
Coruja.
A divisão dos terrenos era feita pelos
agrimensores, que usavam os chamados marcos para demarcação. Mas provavelmente
diante das mesmas com certeza aconteceram algumas confusões, pois na Várzea dos
Espinhos, distrito vizinho, segundo alguns estudiosos do assunto, quando se
procura resgatar a história local, certas pessoas se recusam a prestar
informações e muitas da vezes o pesquisador é até hostilizado, devido problemas
com terras no passado.
João Batista RIbeiro |
João Batista Ribeiro, Fundador da
Localidade
João Batista Ribeiro nasceu no dia 29 de
agosto de 1905 em Espinhos, atualmente distrito de Martinslândia, no município de
Guaraciaba do Norte, neto de Manoel Martins e Vitalina Martins e filho de João Martins Ribeiro e Francisca
Bezerra, os quais se conheceram no estado do Pará. Dona Francisca Bezerra
nasceu no município de Lavras da Mangabeira. João Batista Ribeiro teve sete
irmãos, Manoel Martins, Francisco Martins, José Martins, Luís Martins, Joana
Martins, Maria Bezerra e Amélia Martins.
2° esposa |
No decorrer de sua vida casou-se duas vezes,
primeiro em 30 de setembro de 1931 com dona Maria da Silva Melo, com a qual
teve 15 filhos, 6 mulheres e 9 homens, mas 5 crianças morreram e se criaram
dez, Juraci, Beatriz, Antuniza, Leonardo, Luís,
José, João, Aldair, Cícero e Francisco. Dona Maria da Silva Melo faleceu e
depois de certo tempo João Batista Ribeiro casou-se novamente com dona Maria
Bezerra Nobre no dia 30 de setembro de 1983, não tendo filhos com a mesma.
2º esposa |
Grande homem, bondoso e solidário. Era
bastante brincalhão, adorava dançar, muitas das vezes saía da sua casa de
cavalo com destino a região da Macambira, hoje pertencente à Croatá, somente para
prestigiar as festas e dançar. Aos domingos ele organizava as tertúlias, festas
dançantes ao claro da lamparina, a qual se estendia, às vezes até de manhã. Seu
hobby preferido era trabalhar na agricultura e cuidar da sua criação de gado (bois,
ovelhas, cabras, etc). Segundo sua
segunda esposa, dona Maria Bezerra Nobre não se zangava com nada, mas era
bastante verdadeiro, ou seja, quando queria falar alguma coisa para alguém
falava mesmo, no entanto, tinha um coração enorme. Além de falar, também
escrevia muito bem, sendo seu estudo provavelmente resultante dos momentos que
estudou com professores particulares pagos por seu pai. Em seus terrenos tinham
vários moradores.
O cotidiano do passado
Os primeiros moradores do povoado eram
bastantes conservadores para a atualidade. Os casamentos eram arranjados,
muitas das vezes, a noiva nunca tinha visto o noivo e já teria que casar,
obedecendo as vontades de seus pais. Era tradição as famílias não se misturarem
com aquelas que as mesmas denominavam de estranhas, havia muito o casamento
entre parentes. Conta um senhor que um rapaz chamado de João Carreiro saiu da
região da Macambira em direção a localidade de Espinhos para olhar as filhas de
um homem, que era seu amigo, chegando lá não simpatizou com nenhuma das suas
três filhas, e falou o seguinte: - Bom, como eu já vi, eu vou me casar com a
Josefa. E assim foi.
Geralmente após o casamento a festa de comes e
bebes se prolongava por dois ou três dias, mesmo depois do casamento, o noivo
só recebia a noiva como mulher, propriamente dita, com 8 à 15 dias. Moça não
namorava no escuro, caso acontecesse algo suspeito os pais da moça obrigavam o
rapaz a casar. Interessante, que se o noivo descobrisse que sua noiva não era
mais virgem, mesmo depois do casamento, a devolvia aos seus pais.
As brincadeiras eram canções de roda,
casamento oculto. As crianças, quando meninas brincavam com bonecas de pano ou
até com sabugos de milho, já os meninos brincavam com boizinhos e carrinhos de
madeira, carrinho de carnaúba, entre outros.
As pessoas acreditavam demasiadamente em
lobisomem, amortalhado, fantasmas e visão da noite, possivelmente devido à
inexistência de energia elétrica que deixava a imaginação mais fértil.
Tocava-se violão,
saxofone para animar as noites em volta das fogueiras, comendo milho verde,
mugunzá, pamonha, toucinha na brasa e contando histórias ou estórias diversas.
Conta-se que as festas aconteciam numa casa do povoado, onde colocavam azeite
de mamona nas lamparinas e as atrepavam nas paredes para iluminar a sala de dança. Eram de
destaque naquela época também as cantorias, recheadas de repentes.
Era comum nas décadas de 1920 e 1930, quando
morria alguém, enquanto fazia sentinela, ou seja, enquanto as pessoas estavam
no velório, muitas das vezes chorando, o prego cantava na madeira, pois os
carpinteiros caseiros estavam confeccionando os caixões com tábuas, isso quando
a família do morto tinha certa condição financeira, se não, era velado numa
cama de madeira ou numa rede e levado para o cemitério dentro da rede, sendo
enterrado com a mesma. O enterro antes da construção do cemitério de Várzea dos
Espinhos era feito no Ipú, em Guaraciaba do
Norte ou na Matriz de São Gonçalo da
Serra dos Cocos, atualmente distrito de Ipueiras.
Curioso que quando
morria algum indivíduo envenenado ou enforcado, isto é se suicidasse, o
enterrava no mato, assim como crianças pagãs. Um dos grandes alfaiates da
localidade na época, Seu Primeno, de origem
desconhecida foi encontrado morto após ter se enforcado, contam alguns que a
causa foi desgosto. Teve o destino de ser enterrado no mato.
Água encanada não existia. Antes se bebia água do rio,
onde quando a mesma estava pouca abriam-se uma cacimba na margem para
retirá-la.
Com relação às roupas de antigamente, as mulheres usavam
vestidos longos, usavam véus para irem para igreja, panos ou tiras na cabeça
para ficarem em casa. Os homens quase sempre estavam de chapéu, sendo os de
palha para ficar em casa ou trabalhar e os de massa para o passeio. Tinha
também os de couro que usavam mais para cuidar do gado na caantiga.
As pessoas mais pobres, principalmente filhos de
moradores dos grandes proprietários tiravam croá nos matos para fazerem esteiras, surrões, cordas e
outros instrumentos úteis para venderem no Ipú no intuito de ajudarem no sustento de suas famílias.
Antes da construção da capela na localidade, quando os
moradores queriam assistir uma missa iam para Campo Grande, nome anterior de
Guaraciaba do Norte ou para Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos andando a
pé ou de cavalo, se tivesse condições financeiras para isso. Aos domingos João
Batista Ribeiro celebrava um culto em sua casa às duas horas da tarde.
Antes da construção da capela as coroações saiam da casa
de João Batista Ribeiro, onde sua filha Juraci arrumava as crianças e a
cerimônia acontecia na casa da dona Neuza Martins. As crianças coroantes ficavam em cima de
mesas, devido a ausência de altares, obviamente.
Quando alguém ficava doente, geralmente se curava em
casa com ervas medicinais, utilizando técnicas caseiras e rezas. As principais rezadeiras eram Virgínia,
Joaquim Lopes, Emília Carreiro e Maria Mônica. Quando precisavam comprar
medicamentos as pessoas tinham que se deslocarem até a venda de remédios de Edivar Melquide em Várzea dos
Espinhos, caso não encontrasse tinha que ir procurar José Augusto em Guaraciaba
do Norte ou ir ao Ipú. As mulheres tinham
seus filhos em casa, sob os cuidados de uma parteira, com destaque para
Chiquinha Rita, Rosa Manduca e Maria Alexandre, que inclusive pegou o autor
desse histórico em Várzea dos Espinhos.
No que diz respeito a política, mulher não podia votar.
Somente os homens detinham esse direito, sendo uma das principais
características do voto de antigamente o voto de cabresto e a predominância do
clientelismo. Um certo político já dizia, que era só jogar o milho e todas as
galinhas corriam.
A primeira televisão da localidade foi de José Serina, o qual trouxe a
mesma do Rio de Janeiro, a primeira antena parabólica foi do Aldair Martins de
marca Tecsat, o primeiro
computador foi trazido pelo diretor da escola Fábio Pereira quando veio
trabalhar na comunidade. E a primeiro casa a possuir internet foi a de Antonio
Venâncio, conhecido como Neto. Leonardo do Jorge (Lioso) foi o primeiro a
possuir um carro, uma rural muita antiga para época e, a primeira moto foi de
Francisco Martins.
A construção da escola
Colégio anos 70 |
A Escola de Ensino Infantil e Fundamental João
Batista Ribeiro foi construída em 1974 mediante iniciativa do então prefeito de
Guaraciaba do Norte, José Maria Melo que em visita a comunidade de Martinslândia, que na época ainda
era simplesmente um povoado, pois tornou-se distrito somente em 1992, reconhece
a necessidade de uma escola diante da precariedade educacional, onde as poucas
professoras do local ensinavam em suas casas.
Colégio hoje |
Por ser uma localidade muito distante da sede
do município e de difícil acesso, e de uma necessidade tamanha de
desenvolvimento educacional e social para o povo, a população se mobilizou e
juntando-se as lideranças comunitárias, educadores e políticos usando de bom
senso chegaram a uma conscientização que a solução daquele problema seria com a
construção de uma escola, e nomeando educadores para desenvolver a aprendizagem
de um povo que vivia a margem de uma sociedade analfabeta e excludente, de
certa forma sem perspectivas. E um dos fatores preponderantes para que a
construção da mesma ganhasse impulso foi à proximidade das eleições
partidárias, onde os políticos cobravam os agradecimentos do povo por meio do
voto.
José Maria Melo |
Quando a construção
se impulsionou em 1974, teve como chefe de obras Raimundo Alexandre, oriundo de
Sussuanha, distrito de
Guaraciaba do Norte. Foram construídas somente duas salas, onde atualmente
funciona a secretaria, desprovidas de banheiro.
A primeira merendeira foi Juraci Martins Melo,
a qual fazia a merenda na casa de seu pai João Batista Ribeiro, em um fogão à
lenha. Os alunos levavam seus copos de casa padronizados com os seus nomes,
pois a quantidade disponível era insuficiente, disponibilizada somente para os
professores, os quais merendavam no alpendre da casa.
A primeira diretora foi Antônia Martins
Ribeiro, que além de ser responsável pela escola, ainda lecionava. Em 1987,
Francisca das Chagas Bezerra assume a direção até 1989, nessa gestão foram
construídas duas salas e uma cantina, chegaram pratos e copos para os alunos,
além de material didático, embora muito precários. Foram contratadas mais duas
merendeiras, Maria de Fátima e Maria dos Prazeres.
De 1989 até 1993, a escola ficou praticamente
sem direção, contando com o suporte de Maria Assunção Ribeiro, diretora da
escola de Várzea dos Espinhos, até que Edmar Teixeira da Silva assumisse a
direção na gestão municipal de Antônio Bezerra Marques, quando foram
construídas mais duas salas.
1ª Professora |
Em 1996, assume Maria Dalva Bezerra, no
governo Municipal de Assis Teixeira Lopes. Em sua gestão chegaram para escola
televisão, videocassete, mimeógrafo, máquina de datilografar, freezer, antena
parabólica e muitos professores passaram por formações. A escola acomodou o
tempo de Avançar Fundamental e Médio, tendo como o melhor professor da Serra da
Ibiapaba, nessa modalidade,
Edmar Teixeira.
José Fábio Pereira
assume de 2002 até 2003 a direção. Ano que Júlia de Menezes Ribeiro assume,
gestão da qual chegam alguns armários na escola, tem início a formação do
magistério para os professores, chamado de PROFORMAÇÃO, período no qual os
alunos do Fundamental II, tiveram que estudar em outro distrito, em Várzea dos
Espinhos.
No ano de 2005 assume
Roza Maria Martins, a
qual se mantém até os dias atuais, na gestão municipal de Dr. Egberto Martins.
Em sua direção o Fundamental II volta para Martinslândia, a escola se torna uma escola polo, pela lei n°
889/2008, aprovada e sancionada pelo prefeito municipal Dr. Egberto Martins,
foi instalado um laboratório de informática, a estrutura física da escola foi
ampliada, foi feita a contratação de secretário escolar, coordenação pedagógica
e capacitação para professores, conquistando vitórias diante dos projetos
educacionais, além da chegada de recursos didáticos, audiovisuais e a entrada
de recursos, como do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola). Cabe destacar o
trabalho da coordenadora Regina Célia Bezerra, que desenvolve um ótimo
trabalho, a qual é uma figura carismática e símbolo da educação local.
A escola adota os quatro pilares básicos da
educação no século XXI, apontados por Jacques Delors, os quais são o aprender a conhecer, o aprender a
fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser. Pilares estes que escola os
entende, os traduz e os complementa, favorecendo a construção de uma nova
educação para a cidadania, através do uso de uma prática voltada essencialmente
para a formação integral do aluno, buscando um ensino de qualidade e permitindo
assim, a plena assimilação de conhecimentos e vivência de experiências
ampliando suas potencialidades, resgatando e promovendo a formação de uma nova
visão de ser cidadão,orientando-os nas relações interpessoais,através de
vivências cooperativas,de respeito e igualdade que possibilitem a plena
estruturação de valores éticos,críticos,solidários,sendo estes indispensáveis à
vida em sociedade nos aspectos sócio-econômicos, étnico-culturais e cognitivos
de cada faixa etária.
A Escola de Ensino Infantil e Fundamental João
Batista Ribeiro localiza-se na Rua Principal do distrito de Martinslândia, no município de
Guaraciaba do Norte, Ceará. E atende em sua maioria filhos e filhas de
trabalhadores rurais, ou seja, agricultores e horticultores, também de
pedreiros, donas de casa, professores e outros. Esses alunos são provenientes,
além do distrito de Martinslândia, no qual a escola se
encontra, de povoados como Rancho do Povo, Pequimagro, Espinhos I, Espinhos II, Estivado e Lagoa Velha, que
já pertence ao município de Ipú.
A falta de refeitório, a falta de espaço para
recreação e principalmente o acompanhamento deficiente dos alunos com
necessidades especiais, pois faltam profissionais qualificados para esse fim,
são as principais dificuldades da escola, no que diz respeito, ao atendimento à
comunidade escolar.
A escola tem uma
importância primordial para a sociedade, pois busca contribuir para a constante
melhoria das condições educacionais da população, visando assegurar uma
educação de qualidade aos seus alunos num ambiente criativo, inovador e de
respeito ao próximo, valorizando a prática da cidadania e de igualdade nos
aspectos político-sociais e étnico-culturais.
Hoje a escola comporta, 558 alunos, destes são
83 na Educação Infantil, 214 no Fundamental I, 226 no Fundamental II e 35 na
Educação de Jovens e Adultos. A escola
conta com 28 professores, 1 diretor, 1 coordenador pedagógico, 12 auxiliares de
serviços gerais,1 porteiro, 2 vigias e 1 secretário escolar. E atende uma
clientela de 1º ao 9º ano do ensino fundamental, além das salas anexas de
educação infantil.
A escola é vista pela comunidade como o núcleo
do distrito de Martinslândia, sendo o local de
difusão de conhecimentos e valores humanos, além de protagonista dos eventos
sociais que acontecem na comunidade, pois na escola se realizam mutirões de
cidadania, palestras de relevância para comunidade, diversificadas
apresentações artísticas e culturais. E a comunidade espera que a escola a cada
dia aumente seu grau de atuação no distrito e povoados adjacentes,
principalmente na orientação dos problemas dos mais diversos gêneros da
população, pois os moradores locais depositam grande credibilidade a
instituição, diante da boa vontade do núcleo gestor e educadores que estão a
frente da escola prestar solidariedade a todos, no que diz respeito, a
informação ou orientação, independente de ser aluno ou não, de ser pai de aluno
ou não.
O Projeto Político
Pedagógico (PPP) da Escola de Ensino Infantil e Fundamental João Batista
Ribeiro, criado pelo Núcleo Gestor da escola, educadores, alunos, pais de
alunos e demais funcionários a partir de discussões e análises profundas sobre
a comunidade escolar se justifica da seguinte forma: somos educadores, como a
maioria estamos preocupados com a tarefa de promover a aprendizagem e o
desenvolvimento dos nossos alunos, valorizando a política do respeito. Sabemos
da importância do nosso papel na construção de uma educação voltada para a
cidadania especialmente na comunidade escolar na qual integramos. Por essa
razão, não medimos esforços para superar as práticas educacionais baseadas na
simples transferência de informações e conhecimentos.
Para que a escola alcance seus objetivos,
trabalhamos de forma desafiadora e interativa, a fim de fazer dos alunos
protagonistas do processo de ensinar – aprender. Para isso, propomos atividades
que incentivam a participação deles, em um processo de construção gradativa do
conhecimento, no qual são respeitados os aspectos sócio-econômicos,
étnico-culturais e cognitivos de cada faixa etária, e nos preocupamos em
despertar neles a busca constante de meios para melhorar a qualidade de vida
pessoal e coletiva, a consideração à pluralidade cultural e o desenvolvimento
de atitudes de respeito, solidariedade, compromisso, trabalho coletivo e
amizade.
No entanto este projeto pode funcionar como
elemento catalisador de ações na busca de uma melhoria da qualidade da educação
da escola, onde atuamos. De modo algum pretendemos resolver todos os problemas
que afetam a qualidade do ensino e da aprendizagem, mas nos empenhamos para
melhorar.
Portanto o Projeto Político Pedagógico é um
documento norteador das ações da escola em todos os aspectos. E visa orientar
Núcleo Gestor e educadores para formação de alunos preparados para a vida em
sociedade.
A construção da igreja
1º Missa |
Existia um movimento na comunidade da Martinslândia no final da década
de 1960 e no início da década de 1970, chamado de Cáritas Diocesanas, uma
associação de 100 sócios, com sede em Sobral, supervisionada no município por
Monsenhor Antonino, responsável pela paróquia de Guaraciaba do Norte. Na
comunidade de Martinslândia João Batista Ribeiro
comandava os representantes desta associação, era o 1º presidente, Maria
Bezerra era a 2ª presidente, Neuza Martins era a coordenadora, Antonio Profiro
era o secretário, Juraci Martins era a tesoureira e Giseuda Martins era a
porta-voz. Os beneficiados com cestas básicas eram as famílias mais carentes. A
associação chegou a construiu até uma casinha para uma família sem moradia.
Foi a partir desta associação que foi
construída a capela de Martinslândia no ano de 1976.
Somente participavam da associação pessoas casadas na Igreja Católica, que
trabalhassem para conseguirem fazer um salão, o qual posteriormente devido a
pressão e argumentação de Juraci Martins Melo mudou para igreja. Francisco
Martins, também filho de João Batista Ribeiro trouxe uma imagem pequenina da
Virgem dos Pobres de onde era seminarista e resolveram torná-la padroeira da
localidade. Posteriormente o mesmo pediu a um frei, cujo nome era frei Pascoal
de Ipuarana na Paraíba uma
imagem maior da Virgem dos Pobres, o mesmo atendeu ao seu pedido, veio da
Bélgica diretamente para Martinslândia.
No início a igreja não tinha sua pedra
fundamental, mas depois a recebeu. Foi trazida pelo padre da paróquia e foi
colocada debaixo da imagem da santa. A pedra na verdade não é uma pedra, mas
sim um documento que é colocado dentro de uma garrafa, em nome da Virgem dos
Pobres, lavrado no cartório de Várzea dos Espinhos.
1° Coroação |
Depois da construção
da igreja, o pároco de Guaraciaba do Norte, que era Monsenhor Antonino na época
não queria batizar a capela, pois o mesmo queria que a igreja fosse particular
e seus idealizadores, na representação de João Batista Ribeiro queria que fosse
pública. Segunda a explicação de dona Juraci Martins Melo, uma das
idealizadoras da capela, a diferença é que a pública todo mês tinha que ser
celebrada uma missa e tinha que ter a festa religiosa da padroeira todo ano,
enquanto a particular somente quando o padre quisesse.
João Batista Ribeiro mandou uma carta para o
bispo Dom Timóteo da diocese de Tianguá pedindo a benção da capela pelo bispo, o mesmo
respondeu a carta se desculpando por não poder vir pessoalmente, mas ordenando
que Monsenhor Antonino batizasse a capela como pública.
No dia 27 de julho de 1976 aconteceu a benção
e inauguração da capela da Virgem dos Pobres, diante de uma população animada e
dando graças a Deus por ter uma igreja em sua localidade. Neste dia foi
celebrada a primeira missa por Monsenhor Antonino. O primeiro casamento feito
na capela foi de Raimundo Emídio e Francisca Teodoro. O primeiro batismo foi de Antonio
Francisco, filho de Alzenir.
Atualmente a igreja conta com a coordenação de
Josimeire Martins e detém movimentos como Pastoral da Saúde, Pastoral do
Dízimo, Grupo dos Leigos Comprometidos, Grupo Jovem, Grupo da Liturgia, Grupo
do Cenáculo, Coral Jovem, Senhora e Criança, Ministério de Música, Grupo de
Intercessão, Grupo de Oração, Grupo da Renovação Carismática Católica, grupo do
Apostolado da Oração, Grupo de Dança, Grupo da Catequese, Grupo de Acolhimento,
Grupo dos Coroinhas, Terço dos homens, das crianças e das mulheres, Grupo de
Pregadores, grupo de Teatro, grupo dos Missionários, Grupo dos Ministros, Grupo
do Terço da Misericórdia e Grupo do Rosário a São Miguel Arcanjo.
Cabe destacar também
a importância de Marcelho Ribeiro como um dos
principais responsáveis pela difusão da fé católica em Martinslândia.
Francisco Martins Melo
Filho do glorioso João Batista Ribeiro o jovem
Francisco Martins Melo, mais conhecido como Chico Batista foi um dos maiores
contribuintes para a construção da igreja, inclusive foi quem conseguiu a
imagem da Virgem dos Pobres, trazendo-a para a sua terra natal, e foi o
primeiro comerciante do povoado. Francisco estudou o chamado primário na cidade
de Canindé no Ceará, o ginásio em Ipuarana na Paraíba, onde conheceu o frei Pascoal, coordenador
do convento onde era seminarista, objetivando tornar-se padre. E estudou o
científico, isto é, o ensino médio na Bahia. Mas acabou se apaixonando e
casou-se.
A história do Pinto Verde
Segundo os relatos de alguns moradores o
polêmico apelido é motivo de controvérsias e constrangimento para alguns
moradores, tanto é que as pessoas do lugar dificilmente falam nisso, quem fala
mais são as pessoas de fora, de outros distritos.
A maioria conta que tudo começou durante o
período de festa da padroeira da capela, Virgem dos Pobres. Não se sabe
precisamente o ano, mas estava acontecendo um leilão após a missa, gritado como
diz na gíria popular por Gonçalo Galvão, quando apareceu um pinto, filhote de
uma galinha, pintado de verde, quem fez isso não se sabe quem, para leiloar.
Chico
Dino, que gosta muito de tomar sua cachaça começou espalhar a notícia e a
chamar a Martinslândia de Pinto verde.
Assim foi a origem desse apelido pejorativo, como coisa de bêbado.
Água em Martinslândia
No dia 24 de agosto de 1999, o governo
estadual através do Projeto São José, assinou convênio com a Associação
Comunitária do distrito de Martinslândia para construção e instalação do sistema de
abastecimento d’água para a comunidade de Martinslândia. A associação foi representada por sua presidente Roza Maria Martins.
Martinslândia recebeu água
encanada, no entanto, a mesma não é suficiente para abastacer toda a população,
sendo necessário, as pessoas pegarem até fila para pegarem água no chafariz
público. Se pega água para o consumo também em uma cacimba que se localiza na
saída para o povoado de Pequimagro. Já houve até casos
de pessoas brigando por água.
Mas recentemente foi cavado um poço profundo
por intermédio da prefeitura municipal em Espinhos I com o objetivo de
abastecer todo o distrito de Martinslândia.
Martinslândia
Contemporânea
Atualmente
Martinslândia é um distrito bem
desenvolvido, contando com uma escola com profissionais bem capacitados e
responsáveis, a Igreja Católica está reformada e repleta de movimentos
religiosos. A festa da padroeira Virgem dos Pobres é no mês de setembro,
comemorada todo ano, recebendo pessoas de todo o município, além de outros e de
ex-moradores que estão residindo em outros estados, principalmente do Rio de
Janeiro. A comunidade conta também com outras igrejas como a Assembleia de Deus Ministério
Tempo Central e Ministério Fortaleza e Congregação Cristã do Brasil. Há uma
religiosidade expressiva no distrito.
No que diz respeito à
saúde, a população está bem atendida. O PSF (Programa Saúde da Família) local
tem uma equipe completa, inclusive com odontologista.
A comunidade dispõe de praça para lazer
bastante freqüentada pelos moradores e principalmente pelos jovens no final de
semana. O comércio é razoavelmente desenvolvido, com destaque para as casas que
vendem material de construção e produtos agrícolas.
No campo do esporte o destaque é o futebol,
tendo dois times na comunidade o Internacional campeão guaraciabense da 2ª divisão e o
Grêmio vice-campeão da 1ª divisão no ano de 2011.
Quanto a político destaca-se na comunidade a
figura de Roza Maria Martins, que
se esforça com garra e determinação para tentar resolver os problemas locais. A
qual também é diretora da escola, dirigindo a mesma com compromisso.
A localidade também se orgulha pelos artistas
que tem com destaque para o poeta, como o professor Fabiano Martins, a
coreógrafa Jaqueline Martins e o escultor Antonio do Jota. Recentemente jovens
vinculados a Igreja Católica gravaram um CD de músicas religiosas.
Enfim, Martinslândia é um excelente lugar
para se viver, com pessoas acolhedoras, com excessão do grande barulho no final de semana, tarde da noite e
de alguns jovens problemáticos com atos de vandalismo, mas no restante é calmo.
Inclusive o autor é natural do distrito de
Várzea dos espinhos, mas adotou a Martinslândia como sua casa, deixando esse legado da história do
distrito para gerações futuras.
Povoado de Pequimagro
A origem do nome do povoado de Pequimagro é bem hilária. Segundo os moradores mais velhos tudo
começou devido um pé de Pequi, a qual era comum no local, pois tinha vários. No
entanto, esse pé de pequi era diferente dos outros, quase identificável. Um
belo dia passou um rapaz e disse bem alto “por que esse pé de pequi tem uns
pequis tão magros?”. Desse dia em diante aquele local de pouquíssimas casas
passou a ser chamado de Pequimagro.
O Pequimagro, inicialmente ficava de uns lajeiros no fim da Martinslândia até a Favela Chata,
que já é município de Ipú.
Os terrenos pertenciam a João Batista Ribeiro
e a sua família quando decidiram vender a outras pessoas, passando a aumentar o
povoamento local. Destaque para João Profírio, o homem que tinham mais terra em Pequimagro.
Povoado do Rancho do Povo
O primeiro nome do povoado de Ranho do Povo
foi Rancho das Mangabas, devido a grande quantidade de mangueiras no local.
Na época das missões, o atual povoado de
Rancho do Povo foi visitado por frei Vidal da Penha, um padre capuchinho que
andou pelos sertões do Ceará, Pernambuco e outros estados entre 1781 e 1820
fazendo pregações e profecias. Com a sua chegada foram construídas cabanas de
palha, onde ele e muitas pessoas ficavam arranchados. As pregações se davam na
Casa de Pedra, que as ruínas existem até hoje. Como a quantidade de gente era
muito grande mudou de Rancho das Mangabas para Rancho do Povo.
Na localidade não tinha escola. Os donos de
engenho Antonio Bel e João Bezerra contratavam professores particulares, com
destaque para o mestre Sebastião, para ensinarem seus filhos e, às vezes seus
sobrinhos. Muitos anos depois os filhos desses alunos colocavam seus filhos
para estudarem em Guaraciaba do Norte ou no Ipú, quando em 1974 surgiu a escola de Martinslândia e foram estudar na
mesma.
Em 1982 Regina Célia
Bezerra terminava o 2º grau normal e colocou uma escola particular na garagem
de sua casa, tendo como alunos seus primos e seus próprios colegas. Sua irmã,
Núbia Bezerra também era professora na época. Aprendiam o alfabeto cantando.
No ano de 1984, o prefeito de Croatá, José Antônio de
Aragão, visitando a comunidade junto com o vereador de Betanha, Chico Cesário viram
a necessidade de uma escola no local. A visita foi feita por intermédio de Olesbão Bezerra, avô de
Francisca das Chagas Bezerra, também professora concludente do curso normal.
Pode-se ficar pensando por que os políticos de
Croatá se interessaram pelo
Rancho do Povo se lá era Guaraciaba do Norte? A resposta é que na época, a
maioria dos moradores votavam em Croatá, e este município queria a posse do Rancho do Povo, mas
perdeu na justiça e hoje é ainda, Guaraciaba do Norte.
Eles colocaram a
escola em uma casinha isolada dentro das capoeiras com duas salas de aula e lá
começaram a lecionar Regina Célia Bezerra e Francisca das Chagas Bezerra com
turmas de multisseriado da educação infantil
à 5ª série.
A escola funcionou nesta casinha durante três
anos até que o prefeito de Guaraciaba do Norte, na época Antonio Bezerra
Marques com medo de perder todos os eleitores para Croatá, elaborou um projeto
que consistia na construção de uma escola para o Rancho do Povo.
A escola tem duas salas de aula, uma sala dos
professores com banheiro, um banheiro masculino e outro feminino, uma cantina
com despensa e um pátio. O terreno que abriga a escola é de 40m², doado pelo
proprietário Antonio Cláudio Bezerra. As primeiras professoras foram Regina
Célia Bezerra e Francisca das Chagas Bezerra, anos depois vieram a Neuma
Bezerra, Antonilda e outras.
Na comunidade de
Rancho do Povo tem água encanada para os moradores, proveniente de um poço
profundo artesiano e luz elétrica, sendo uma rede monofásica e outra trifásica.
As pessoas ficam
curiosas para saber o motivo de chamarem o Rancho do Povo de Quebra. O motivo é
que, na época em que transportavam cargas em comboios de animas, estava
passando uma carga de rapadura, quando uma égua caiu em um buraco e quebrou um
quarto. E daí, começaram a se referirem aquele local de quebra-égua. Por isso a
razão de chamarem de Quebra.
Povoado de Estivado
Estivado é um povoado pertencente ao distrito
de Martinslândia a aproximadamente,
30 km da sede do município de Guaraciaba do Norte e a 18 km da sede do
município de Ipú.
Antigamente Estivado
era uma terra de mata virgem. Nos seus primórdios era quase desabitada com
apenas três casas, uma de tijolos crus e duas de taipas.
A origem do nome é um pouco obscuro, no
entanto, alguns dizem que inicialmente era Estivas passando para Estivado,
devido o local possuir um terreno acidentado repleto de lajeiros e água nos períodos
chuvosos, sendo preciso colocar revestimentos de varas para as pessoas poderem
passar, isto é, colocando uma espécie de ponte.
Os primeiros moradores foram Francisco
Benedito, Francisco Leitão e Gonçala Rosa.
Estivado se divide em duas partes, um é
Guaraciaba do Norte e o outro é Ipú, portanto é divisa dos dois municípios. Essa divisão é
feita por uma estrada conhecida por Mascarém, que começa na Matriz de São Gonçalo, município de Ipueiras, passa por Estivado,
dividindo Ipú e Guaraciaba,
terminando no Poço, município de Ipú.
Estivado foi crescendo e aparecendo novos
moradores, novos donos de terras, como Tarcísio Marques, Francisco Antero,
Joaquim Benedito, seu Del e outros. E hoje a população continua aumentando. A
comunidade abriga 23 famílias, foi formada uma associação de moradores com o
objetivo de trazer energia elétrica ao local e em 1995 foi inaugurada a luz de
Estivado, na administração do governo municipal Dr. Egberto Martins. Em seguida
foi construída passagens molhadas e as estradas foram melhoradas.